Que coisa mais linda de ler! Me lembrei da minha bisa, minha vó e minha mãe, descascando batata para colocar em meus olhos enquanto tive crises de enxaqueca na infância (e no quanto esse carinho me curou). Nossa história latina se desenrola em realismos mágicos, simpatias e muito bem querer.
hoje mesmo tive que desvirar os chinelos quando coloqei no chão, vó zilda não deixava. ainda falei com ela, haha, "meu deus zilda, nunca vou me livrar disso".
Que delícia ler seu texto!! Me trouxe várias lembranças, inclusive a da batata na testa. Minha mãe fazia muito comigo criança e, confesso, até hoje eu faço quando a crise não melhora só com remédio. Minha vó também "cosia" (não sei se é assim que escreve) minhas dores, para sarar logo. Me emocionei lendo. Obrigada!
Que bom que te fez feliz, Júnnia! Vejo muito isso, de ir envelhecendo e entendendo melhor (e de um jeito mais bonito) todo o que minha mãe e meus avós fizeram. <3 é de uma beleza gigante
A-MO nossas simpatias e o modo como colocamos leveza na vida dura dos trópicos. É sobre isso. Da série mais coisas que nos fazem brasileiros Mi. E na boa, podemos morar nos lugares mais gélidos do planeta, nosso calorzinho sempre tá lá, pq vem de dentro né, carregamos para onde formos.
adorei te ler! e concordo contigo, deve ser muito triste um mundo só com realismo.
me lembrei da minha avó materna falando que minha mãe e ela curaram a minha bronquite, e só quando eu descobri como a simpatia foi feita, ela foi retornando. dizia que voltou brandamente porque eu tinha que ter fé nelas, e me fazia prometer que teria.
já minha avó paterna ordenada meu pai a me levar à casa de uma conhecida dela, que era a pessoa certa para curar espinhela caída. eu ficava encantada com a sensação de me deitar, vê-la colocar uma tampinha de refrigerante, um pedaço de vela no centro do meu peito, depois um copo que, pela pressão, fazia a vela apagar e minha pele e peito se levantar. e era real, eu sentia como se o osso estivesse subindo. obrigada por esse texto ter me feito relembrar dessas memórias.
hoje o céu está em festa pelo aniversário do seu avô! ♥
Que texto!!! Salvei pouquíssimos aqui no substack até hoje, e este foi um deles. Estou lendo Cem anos de solidão, depois de conhecer a obra pela série, e só então conhecer o conceito de realismo mágico – embora eu também sinta essa familiaridade com ele pelas experiências (familiares hehe) na vida.
Logo nas primeiras frases do seu texto me lembrei de quando me prescreveram uma simpatia para uma também bronquite (persistente, a bichinha). Minha mãe me levou num pai de santo, mas antes mesmo da consulta a receita foi dada por uma mulher na sala de espera. Uma pessoa comum, que também tinha ido se consultar, mas que batendo papo com minha mãe soube da história e recomendou essa alquimia porque a própria neta tinha tido crises de bronquite também.
Olha se isso não é poético? A poesia das tramas da vida... que muitas vezes se fazem a partir das pequenas tragédias cotidianas.
Bom, a poçãozinha era horrível: biotônico fontoura (juro) com sementes de sucupira que deviam ficar imersas ali durante três dias antes de começar a tomar.
O resto não lembro. Só sei que funcionou. A bronquite nunca mais colonizou meus pulmões.
Que texto sensível! Ri e me emocionei, me senti feliz por ser dessa terrinha mágica que é a América Latina. Fiquei aqui pensando na nossa leveza da vida, da nossa magia no dia a dia. Gringos jamais entenderão, e eu também não consigo explicar, mas tu chegou bem perto!
Que belezura de texto! Lembrei da minha avó que fazia o sinal da cruz com carne crua três vezes em cima de uma verruga e depois colocava essa carne em um formigueiro. Quando as formigas comiam toda a carne, a verruga caía.
realmente me encanta o tanto que o brasileiro ama uma simpatia. a gente tem um pé na magia desde sempre. é a avó que leva pra benzedeira, simpatia no fim de ano, gole pro santo. do mais cético ao mais devoto, ninguém se atreve a ignorar essas coisas. <3
Que coisa mais linda de ler! Me lembrei da minha bisa, minha vó e minha mãe, descascando batata para colocar em meus olhos enquanto tive crises de enxaqueca na infância (e no quanto esse carinho me curou). Nossa história latina se desenrola em realismos mágicos, simpatias e muito bem querer.
É bonito demais como nossos pais e avós aprenderam a fazer arte com a dor, né?
ah mas tá explicado, o seu avô é o próprio gabriel garcia marquez
hahahah, mesmo sem ter sido uma pessoa letrada, tenho certeza que o vô adoraria essa comparação!
hoje mesmo tive que desvirar os chinelos quando coloqei no chão, vó zilda não deixava. ainda falei com ela, haha, "meu deus zilda, nunca vou me livrar disso".
Nossa, SIM! O chinelo também não me abandona haha
Que delícia ler seu texto!! Me trouxe várias lembranças, inclusive a da batata na testa. Minha mãe fazia muito comigo criança e, confesso, até hoje eu faço quando a crise não melhora só com remédio. Minha vó também "cosia" (não sei se é assim que escreve) minhas dores, para sarar logo. Me emocionei lendo. Obrigada!
Um abraço!
Que bom que te fez feliz, Júnnia! Vejo muito isso, de ir envelhecendo e entendendo melhor (e de um jeito mais bonito) todo o que minha mãe e meus avós fizeram. <3 é de uma beleza gigante
que preciosidade esse texto 🥹✨
vô, seu lindo, obrigado por ensinar minha amiga sobre curas s2
ai amigo 🫂🩶
Me lembro bem da gente tomando banho de pétalas de rosa pra atrair namorado bom hahahahha tenho certeza que funcionou!
hahahahah amiga, SIM! <3 rosas ROSAS!
A-MO nossas simpatias e o modo como colocamos leveza na vida dura dos trópicos. É sobre isso. Da série mais coisas que nos fazem brasileiros Mi. E na boa, podemos morar nos lugares mais gélidos do planeta, nosso calorzinho sempre tá lá, pq vem de dentro né, carregamos para onde formos.
exato! é o que mantém a gente forte mesmo no frio haha <3
Amei ler isso!! 🥹🥰
adorei te ler! e concordo contigo, deve ser muito triste um mundo só com realismo.
me lembrei da minha avó materna falando que minha mãe e ela curaram a minha bronquite, e só quando eu descobri como a simpatia foi feita, ela foi retornando. dizia que voltou brandamente porque eu tinha que ter fé nelas, e me fazia prometer que teria.
já minha avó paterna ordenada meu pai a me levar à casa de uma conhecida dela, que era a pessoa certa para curar espinhela caída. eu ficava encantada com a sensação de me deitar, vê-la colocar uma tampinha de refrigerante, um pedaço de vela no centro do meu peito, depois um copo que, pela pressão, fazia a vela apagar e minha pele e peito se levantar. e era real, eu sentia como se o osso estivesse subindo. obrigada por esse texto ter me feito relembrar dessas memórias.
hoje o céu está em festa pelo aniversário do seu avô! ♥
lindo!! gracios a dio nasci en latinoamerica
Que texto!!! Salvei pouquíssimos aqui no substack até hoje, e este foi um deles. Estou lendo Cem anos de solidão, depois de conhecer a obra pela série, e só então conhecer o conceito de realismo mágico – embora eu também sinta essa familiaridade com ele pelas experiências (familiares hehe) na vida.
Logo nas primeiras frases do seu texto me lembrei de quando me prescreveram uma simpatia para uma também bronquite (persistente, a bichinha). Minha mãe me levou num pai de santo, mas antes mesmo da consulta a receita foi dada por uma mulher na sala de espera. Uma pessoa comum, que também tinha ido se consultar, mas que batendo papo com minha mãe soube da história e recomendou essa alquimia porque a própria neta tinha tido crises de bronquite também.
Olha se isso não é poético? A poesia das tramas da vida... que muitas vezes se fazem a partir das pequenas tragédias cotidianas.
Bom, a poçãozinha era horrível: biotônico fontoura (juro) com sementes de sucupira que deviam ficar imersas ali durante três dias antes de começar a tomar.
O resto não lembro. Só sei que funcionou. A bronquite nunca mais colonizou meus pulmões.
Que texto sensível! Ri e me emocionei, me senti feliz por ser dessa terrinha mágica que é a América Latina. Fiquei aqui pensando na nossa leveza da vida, da nossa magia no dia a dia. Gringos jamais entenderão, e eu também não consigo explicar, mas tu chegou bem perto!
Que belezura de texto! Lembrei da minha avó que fazia o sinal da cruz com carne crua três vezes em cima de uma verruga e depois colocava essa carne em um formigueiro. Quando as formigas comiam toda a carne, a verruga caía.
realmente me encanta o tanto que o brasileiro ama uma simpatia. a gente tem um pé na magia desde sempre. é a avó que leva pra benzedeira, simpatia no fim de ano, gole pro santo. do mais cético ao mais devoto, ninguém se atreve a ignorar essas coisas. <3
"Fazemos arte até com a dor". E isso nos torna tão nós! Quem não tem um pezinho ou os dois no realismo fantástico na vida cotidiana?!